Reaproveitamento energético dos resíduos da suinocultura na Universidade Brasil - Fernandópolis - SP

Resumo

A atividade suinícola gera elevada quantidade de dejetos que, dispostos inadequadamente, provocam largos impactos ao ambiente. Uma solução pode ser a utilização desses dejetos como fonte alternativa de energia, por meio do reaproveitamento energético do biogás gerado em sua decomposição. Estudar a viabilidade inicial de implementação de um sistema para o reaproveitamento energético dos resíduos da suinocultura na Universidade Brasil, Campus Fernandópolis – SP, objetivou a presente pesquisa. Estudo comparativo, de caráter não experimental, pautou-se em publicações científicas e especializadas, na coleta, obtenção e análise de dados locais por observação. Adotando-se índices médios de produção de biogás, foi possível identificar que um suíno alojado produz cerca de 10,9 L/dia de resíduos, com um potencial de geração de 0,08 m³/dia/animal de biogás. 200 suínos na fase de crescimento/terminação produziriam 2.180 L/dia de resíduos, o que resultaria no equivalente em biogás a 0,03 kg/dia/animal de gás de cozinha (GLP) ou 0,08 kWh/dia/animal em energia elétrica (kWh). Essa equivalência totaliza 16 m³/dia de Biogás (6kg/dia de GLP ou 16 kWh/dia de eletricidade). Em um mês, seriam 13 botijões de 13 kg de GPL ou 480 kWh de energia elétrica. Sob essa óptica, a utilização de biodigestores pode ser uma solução viável para tratar esses dejetos. A quantidade de dejetos produzidos, composição, clima, tipo de confinamento, eficiência do biodigestor e correto manejo são variáveis essenciais à boa operação do sistema, que se mostra promissor como uma possível alternativa, sendo necessários estudos mais aprofundados quanto aos valores de investimento em equipamentos e infraestruturas complementares.